domingo, 16 de novembro de 2014

Uma vida inteira para nada, ou para tudo.

Andamos uma vida inteira a adiar o inevitável, adiar o nosso fim, provavelmente a coisa mais certa que pode haver na vida. Sim, andamos a adiar a nossa morte.
Questiono-me sobre a razão de adiar isto. Portanto, porquê adiar a nossa morte? Porque é que temos de passar tanta merda na nossa vida, tantos obstáculos, tantas adversidades, tantos limites que nos são impostos, se depois todos sabemos o final da nossa história. É essa a nossa recompensa?
Sou apenas uma alma desassossegada que escreve isto, não é por escrever, é por sentir, sinto a pouca esperança na vida. Mas apesar deste sentimento, defendia, ou defendo; já nem me sei; que devemos viver a vida ao máximo, aproveitar todo o tempo que nos é disposto, cada hora, cada minuto, cada segundo. 
Talvez diga isto porque eu não estou a viver a minha vida, talvez porque queira já desistir, talvez porque seja mais fácil assim, desistir. E eu que não sou de desistir caralho.
Mas também penso porque raio vou viver a vida, se durante, ou após, um momento em que esteja a aproveitar a vida, possa morrer no segundo a seguir?
Ainda não encontrei a motivação certa, por isso penso assim; é o meu mal, pensar; penso demais, quando encontrar a motivação, algo que me faça viver, que me faça sorrir, que me faça sonhar, me faça procurar aventuras, me faça procurar o tudo que me preencha todos os dias, talvez comece a viver a vida.
Infinitas questões para respostas que desconheço, mas agora já só tenho duas questões: quanto tempo é a minha vida inteira? E vou vivê-la?