domingo, 11 de janeiro de 2015

Ai

Não sei bem o que escrever, nem tão pouco por onde começar, mas sei que te quero escrever, que volto a escrever-te mais uma vez, mesmo que não leias isto, estou a escrever-te.
Acho que vou começar por dizer o que me incomoda, o que mais tenho tido medo, que resumidamente é o medo de te perder.
Mas quem se anda a perder sou eu, estou a perder-me em ti, por completo em ti, nas palavras que me dizes, no carinho que me dás, da nossa rotina que temos, mas isto sabe a pouco, sabe sempre não é, porque quero mais, quero perder-me no teu corpo, nos teus beijos, nos teus olhos, nos teus abraços, quero perde-me dentro de ti e nem quero encontrar a saída de ti.
Sei que quero muito isto, por mais complicado que seja, sei que te quero, e nem sei bem o que é que é, mas sei que quero contigo sem haver prazo de validade; contigo não quero nada mais nada menos que partilhar uma vida inteira, ao teu lado.
Sei que sou muito exigente, e talvez, mais que isso, que nada me é suficiente, mas sabes o quanto estas centenas de quilómetros me deixa inseguro, e eu só quero estar seguro do que sentes, se é que sentes alguma coisa por mim.
Quero saber se realmente gostas de mim, deixemo-nos de tretas, vamos diretos ao assunto, e por uma vez, diz-me, sem temer nada, se gostas de mim, o quanto gostas de mim e o quanto queres vir a gostar. Quero saber se sou a tua primeira opção ou se não passo de uma simples segunda mesma.
Chega de perder tempo, e este tempo que estamos a perder, está a ser em vão, e eu só quero dedicar a nós, portanto, quero certezas, e mesmo no meio das tuas incertezas, sei que tens a certeza do que queres.
Volto a dizer, chega de perder tempo. Quero aproveitar a vida, contigo é a minha preferência e agora vou remeter-me ao silêncio e incógnita de querer saber a tua preferência.

domingo, 4 de janeiro de 2015

Levas-me?

Peço-te que me leves. - Foi o pedido dele.
Leva-me a viver tudo o que ainda não vivi,
leva-me a ouvir o que ainda não ouvi;
leva-me a ver o que ainda não vi;
leva-me a sentir o que ainda não senti;
leva-me daqui, tira-me daqui para fora, por aí, sem rumo, mas leva-me.
Leva-me para ser tudo, para te dar tudo, para te fazer sorrir, para te abraçar, para te ouvir, para te escrever, para te satisfazer, para te dar orgasmos, para te fazer feliz.
Leva-me para ser.
Leva-me para ser o que nunca fui, leva-me para ser alguém, alguém para ti.
Leva-me a ti mas primeiro leva-me a mim, para assim ter a certeza que quero ir a ti.
Levas-me?

domingo, 16 de novembro de 2014

Uma vida inteira para nada, ou para tudo.

Andamos uma vida inteira a adiar o inevitável, adiar o nosso fim, provavelmente a coisa mais certa que pode haver na vida. Sim, andamos a adiar a nossa morte.
Questiono-me sobre a razão de adiar isto. Portanto, porquê adiar a nossa morte? Porque é que temos de passar tanta merda na nossa vida, tantos obstáculos, tantas adversidades, tantos limites que nos são impostos, se depois todos sabemos o final da nossa história. É essa a nossa recompensa?
Sou apenas uma alma desassossegada que escreve isto, não é por escrever, é por sentir, sinto a pouca esperança na vida. Mas apesar deste sentimento, defendia, ou defendo; já nem me sei; que devemos viver a vida ao máximo, aproveitar todo o tempo que nos é disposto, cada hora, cada minuto, cada segundo. 
Talvez diga isto porque eu não estou a viver a minha vida, talvez porque queira já desistir, talvez porque seja mais fácil assim, desistir. E eu que não sou de desistir caralho.
Mas também penso porque raio vou viver a vida, se durante, ou após, um momento em que esteja a aproveitar a vida, possa morrer no segundo a seguir?
Ainda não encontrei a motivação certa, por isso penso assim; é o meu mal, pensar; penso demais, quando encontrar a motivação, algo que me faça viver, que me faça sorrir, que me faça sonhar, me faça procurar aventuras, me faça procurar o tudo que me preencha todos os dias, talvez comece a viver a vida.
Infinitas questões para respostas que desconheço, mas agora já só tenho duas questões: quanto tempo é a minha vida inteira? E vou vivê-la?

domingo, 5 de outubro de 2014

O melhor acontece quando menos estamos à espera.

O melhor acontece quando menos estamos à espera.
Ultimamente sinto-me só, o pior não é só sentir, é estar; e sim, também estou sozinho. E o quanto odeio esta palavra singular, odeio; porque o que quero é alguém, quero plural, na mais pluralidade que é possível explorar esta palavra.
É estúpido dizer que quero alguém apenas porque sim, porque quero, eu não quero isso obviamente.
Como sempre me disseram: "um dia vai aparecer a pessoa que te vai fazer feliz"; eu pensava sempre:"ide à merda, sempre com a mesma treta" mas de uma certa forma, sabia que tinham razão.
Eu espero pela pessoa, não procuro; e sei que não vai corresponder linha por linha ao que quero, como escrevo nesta tentativa poética falhada do que quero. Apenas quero alguém que me queira.
Quero alguém que tenha interesse em mim, cujo interesse vai além do que significa a palavra "interesse" nos dias de hoje, aquele interesse genuíno; aquela vontade de mim; que me queira explorar como explorasse um livro acabado de comprar, que me leia sem haver um fim.
Alguém que queira partilhar a sua vida comigo, que queira estar comigo, que me queira ouvir, mesmo eu não diga nada de jeito, não sou nenhum poeta, mas que me ouça, e que me queira ver, apenas isso, que fique a olhar para mim; sermos olhados por quem gosta de nós é das melhores sensações que podemos ter; que faça planos para nós; irmos ao cinema ou ao teatro, foi difícil mas que arranjou aqueles bilhetes para aquela exposição no museu, do tal Picasso ou do Miró, que me leve para um simples passeio na ribeira ou um café na esplanada.
Que me apresente aos seus amigos, e à sua família, ao seu cão e ao seu gato, quero conhecer todos os que são da tua vida.
Um dia vamos fazer amor, ai não que não vamos; ansioso de ti, quero que me sintas com todos os dedos que tens, e se não chegarem, sente-me com os teus lábios percorrendo-me pelo corpo, ai não que não me sentes agora; quero que me faças vir cinco vezes, enquanto eu te faço vir quatro, deixando-te aquele desejo para a próxima vez, ai não que não vai haver uma próxima vez meu amor.
Hás-de vir, e eu estou à tua espera, não sei quem tu és, nem tu sabes quem eu sou; não quero uma data precisa, nenhum dia, nenhuma hora, nenhum minuto exato em que apareças. Quero o inesperado, tu és o inesperado, e eu espero por ti, afinal, o melhor acontece quando menos estamos à espera.

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Os meus dias

Por vezes penso que não sinto, ou não tenho sentimentos, ou talvez quisesse não os ter, e finjo que não os tenho mas sinto, e sinto o que não quero sentir, só sinto tristeza e solidão, porque raio não posso eu sentir felicidade, ou liberdade?
Regresso a casa da mesma rotina, só quero deitar-me rapidamente e perder-me nas infinitas palavras dos livros que esperam por mim, acompanhando-me tenho a música que me faz distrair um pouco dessa mesma rotina e de outros problemas, mas mesmo assim, sinto-me incompleto, que algo está a faltar, não sei o quê, mas nem procuro nem me pergunto o que seja, eu apenas espero, espero que o que falte que se mostre.
Esperando fico eu sempre por uma palavra amiga, sim daquela pessoa, é só uma amiga sim, mas é a pessoa que me faz bem, chegar a casa após um dia cansativo e desmotivador, e ter alguém que me coloque um sorriso, que pergunte como foi o meu dia, que me ouça e que me escreva, só isso, é tão bom.
Sinto o que não quero sentir, e sinto que a minha alma é vazia, minto, é preenchida, por tristeza, que transborda os meus olhos de lágrimas, espero pelo abraço que me limpe estas lágrimas, mas ele não chega, porque estou perdido nesta solidão e não consigo encontrar ninguém que me encontre.

domingo, 24 de agosto de 2014

Dias

Os dias são passados por passar
Preenchidos com solidão
Não vejo ninguém que me auxilie nesta escuridão
Olá, está aqui alguém?
Ajudem-me

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Onde estou eu?

Que estou eu a fazer?
Estou a escrever, isso sei eu
Na tentativa de me encontrar
Ou de me perder nas palavras
Escondo-me em lugares recônditos
Para ninguém ler o que escrevo
Nem saberem o que sinto
E sinto-me perdido
Estou perdido